Show Gospel: Como nasceu a banda? Tem novidades na formação?
Disco Praise: Tomamos gosto pela música na igreja como todo adolescente de uma família cristã. Íamos aos cultos com os nossos pais várias vezes na semana, escutando os hinos do coral, a banda, podendo ver de perto os músicos em ação, que por sinal são os melhores que existem. Tomamos gosto pelo ministério e através de um evangelismo que acontece até hoje na Rodoviária de Brasília, pudemos então dar os nossos primeiros acordes juntos. Quando começamos tocávamos as músicas que ouvíamos na igreja e a partir daí sentimos o desejo de compor nossas próprias canções, pois acreditávamos que Deus tinha um propósito para as nossas vidas e queríamos levar as mensagens do amor de Cristo a todas as pessoas. No início eram seis componentes: Alysson Villefort (bateria), Davi Moreno (guitarra), Cláudio Gomez e Jota Albuquerque (teclados), Rique Lustosa (baixo) e Clayton O'lee (vocal). A formação atual vem desde 2006, pois o Rique saiu para se dedicar a outro ministério pessoal e o Jota assumiu o baixo.
SG: No início, a banda de vocês tinha um outro nome, como se deu a mudança?
DP: No início o nome da banda era AZZIZ, que significa Alto Preço.
Quando gravamos o primeiro disco "Alegria Solta pelo Ar", acrescentamos o DISCOPRAISE, que faz referência à Discoteca e ao Louvor, ficando então AZZIZ DISCOPRAISE. Mas as pessoas começaram a chamar só de DISCOPRAISE, o que foi uma mudança natural. Hoje o nome DISCOPRAISE tem sido bem aceito graças a Deus e diz realmente o que a Banda é: Louvor com uma pegada DISCO.
SG: Se inspiraram em bandas seculares para fazer o som, quais?DP: Não diríamos que nos inspiramos, mas temos muitas influências de bandas seculares como referência musical e tecnológica, assim como muitas evangélicas também. Dentre as seculares poderíamos citar grandes artistas da década de 70 e 80 como Earth, Wind and Fire, Kool and the Gang, Doobie Brothers, The Meters, Jamiroquai, Stevie Wonder e vários outros artistas nacionais. Com relação a ouvir músicas seculares devemos agir de acordo com a palavra, pois o apóstolo Paulo diz: "Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convêm", devemos analisar e criticar tudo aquilo que ouvimos, não só no secular, mas também no meio gospel, para não engolirmos qualquer coisa e chegarmos a uma melhor qualidade musical.
SG: Como foi a gravação desse novo disco? Quais as novidades que podemos esperar?
DP: Desde o início desse novo projeto tudo foi pensado de forma que o resultado final fosse algo surpreendente, por isso trabalhamos intensamente em cada detalhe, nos arranjos, nos equipamentos, nos profissionais e no repertório. E ao longo da trajetória de gravação desse CD, Deus com sua imensa graça foi nos dando oportunidades maravilhosas e abrindo portas impressionantes e, diríamos até, impossíveis aos olhos dos homens, mas possíveis a Ele. Tivemos a oportunidade de gravar, mixar e masterizar nos melhores estúdios do Brasil e do mundo como o estúdio Mega e Mosh (SP), Ferreti e Jota Quest (BH), AR (RJ) e Steling Sound (Nova York) com os melhores profissionais da atualidade. Prezamos pela excelência na qualidade do disco porque nosso Deus merece o melhor. A idéia era ter um disco bem alegre, descontraído, mas ao mesmo tempo comprometido com a palavra e com a boa música. Por isso esse disco traz canções com temas variados, ritmos e levadas pra mexer com a galera mesmo e, como não poderia deixar de ser, traz as influências musicais que nos acompanham desde o primeiro cd como a discomusic, o funk, o rock, o samba e o louvor e adoração que é nossa origem. Podem ter certeza que vai valer a pena ter esse CD.
SG: A participação de músicos seculares neste projeto trouxe repercussão negativa ou positiva?
DP: Na verdade o que Deus fez através desse trabalho foi muito além do que apenas colocar grandes músicos como parceiros. O PJ e o Márcio Buzelin do Jota Quest; o Henrique Portugal do Skank; Wilsom Sideral, Happin Hood, Dominguinhos, o Luis Paulo Serafim e vários outros grandes músicos que tivemos a oportunidade de trabalhar juntos. Deus fez com que isso acontecesse para que pudéssemos levar a palavra a seus corações, através de mensagens que realmente tocassem a vida de cada um deles, por isso temos certeza de que muito além do profissionalismo, Deus os trouxe até nós para que pudéssemos falar de tão grande amor que o Senhor tem pela vida deles. "A palavra não volta vazia".
SG: Consideram a música de vocês como adoração?
DP: Com certeza nossa música é adoração, mas a adoração é muito mais do que só música. Não se adora só cantando ou tocando, várias atitudes também indicam adoração. Não existe apenas um "momento" de adoração, e sim uma vida de adoração a Deus, independente da situação ou o momento.
SG: Dá para se viver de música gospel no Brasil?
DP: Hoje três integrantes da banda têm seus empregos fora do ministério, pois realmente não é fácil viver só da música no Brasil. Mas dois integrantes já vivem do ministério e graças a Deus, Ele tem suprido as necessidades, e sabemos que no tempo certo vai abrir as portas do céu para podermos dedicar 100% do nosso tempo ao ministério.
SG: Como é a Discopraise em família?
DP: Uma das grandes dádivas que o Senhor nos deu foi nossas famílias. Hoje somos quatro integrantes da banda casados: Cláudio, Davi, Alysson e Clayton. Graças a Deus nossas esposas, pais e filhos são pessoas separadas no reino de Deus. Em relação ao nosso ministério, sempre estão nos cobrindo com suas orações e sempre que podem estão participando com a gente. Por isso nos sentimos cada vez mais fortalecidos para continuar nesse ministério que tem sido tão abençoado.
SG: E a parceria com o produtor Ruben di Souza?
DP: Esse relacionamento surgiu em 2002 quando procurávamos um produtor para gravar o CD "Transformou". Buscávamos uma pessoa que nos ajudasse a fazer um grande trabalho, e como sempre Deus nos abençoa em tudo, Ele nos mandou um grande produtor e uma excepcional pessoa que é Ruben di Souza, um grande amigo e parceiro que sempre nos ajuda e orienta em todos os aspectos, tanto musical quanto pessoal, enfim, nos ajuda a manter um nível de qualidade sonora e artística pro nosso trabalho e para o reino de Deus.
SG: Quais são os planos futuros da banda?
DP: Temos um projeto em andamento que é o nosso CD de louvor e adoração que já está em fase de finalização e temos também o projeto de gravação de um DVD. Estamos projetando um 2008 com muitas novidades e convidados.
SG: Como músicos viajam bastante em apresentações por aí, tem alguma história marcante ou alguma em que viram a presença ou o livramento de Deus?
DP: Tivemos uma experiência que nos marcou bastante recentemente em uma viagem a Maceió. O motorista da van que nos levava nos trajetos estava desviado da igreja, mas nós não sabíamos disso porque ele ficava sempre calado, dirigindo e só ouvindo o que a gente falava. Na última noite que estávamos em Maceió ele chegou até nós em um certo momento e nos comunicou que naquele dia ele estaria voltando aos caminhos do Senhor, porque nunca se sentiu tão bem como naqueles dias em que esteve com a gente. E contou sua história de vida pra nós. Ficamos muito felizes por essa transformação que Deus fez na vida dele através de nós. Isso nos faz meditar o quanto é importante o nosso testemunho onde quer que estivermos.
SG: Para os leitores da Show Gospel vocês dizem...
DP: Acredite sempre no sonho que Deus plantar em seu coração. O Discopraise era um sonho que muitas pessoas não acreditavam. É preciso perseverar e não perder o foco em Deus. Hoje nós somos o reflexo do que Deus tem feito em nossas vidas. Fiquem na paz.
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