O Brasil tomou ciência, na noite de ontem (6), de uma lista secreta da diplomacia americana publicada no site WikiLeaks. Na relação, consta os locais em todo o mundo considerado vitais para os Estados Unidos. Fortaleza está incluída no relatório.
O Departamento de Segurança dos EUA considera que um ataque a estes locais “afetaria de maneira significativa” a segurança americana.
Um telegrama de fevereiro de 2009 solicita às representações diplomáticas americanas um inventário das infraestruturas e empresas no mundo “cuja perda afetaria de maneira significativa a saúde pública, a segurança econômica e/ou a segurança nacional dos Estados Unidos”.
Cabos submarinos de telecomunicações, portos, minas e empresas que fabricam e produtos farmacêuticos importantes para a saúde pública americana foram incluídas.
Em Fortaleza, Ceará, os cabos submarinos Americas-2 e GlobeNet, em Fortaleza (CE) são citados. Os cabos são utilizados como apoio na telecomunicações, conectando o Brasil aos EUA, através de Fortaleza. As instações são consideradas “sensíveis” para governo americano.
Além de infraestruturas estratégicas localizadas na capital cearense, o inventário compreende também outros possíveis pontos alvos: o Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás eoutras regiões em que várias empresas que fabricam vacinas.
Segundo o governo britânico o vazamento da lista nesta segunda-feira (6) "é prejudicial à segurança nacional dos EUA e do Reino Unido”.
“Condenamos claramente a publicação não autorizada de informações secretas”, declarou um porta-voz de Downing Street, residência oficial e gabinete do primeiro-ministro britânico David Cameron. “Os vazamentos e sua publicação são prejudiciais para a segurança nacional nos EUA, no Reino Unido e em outros lugares. É vital que os governos possam operar com base na confidencialidade da informação”, completa.
A lista é considerada como uma relação de alvos potenciais para ataques contra interesses americanos no exterior. O jornal britânico “The Times” publicou a notícia sob o título “WikiLeaks lista “alvos para o terror” contra os EUA”.
Neste momento o site está fora do ar.
Fonte: Jornal O Estado
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