Investigações sobre a Igreja SUD Foto: Grafia atual da igreja no Brasil |
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias, conhecida como Mórmon, tem em seu histórico uma forte ligação com
o trabalho, e incentiva, em sua liturgia, seus fiéis a trabalharem arduamente
em busca de conquistas pessoais.
No Brasil e nos Estados Unidos, grandes
empresários ligados à denominação reconhecem a importância do ensinamento da
igreja e suas práticas em seu sucesso profissional.
A revista IstoÉ Dinheiro publicou uma
reportagem citando exemplos de adeptos do mormonismo que tornaram-se grandes
empresários, como Carlos Wizard Martins, proprietário da escola de idiomas
Wizard e da escola de computação SOS Computadores, o fundador da companhia
aérea Azul, David Neeleman e Francisco Valim, presidente da operadora de
telefonia Oi.
Nos Estados Unidos, o destaque entre muitos
empresários de sucesso com ligações profundas com a religião Mórmon é o
empresário Mitt Romney, fundador de uma empresa que gerencia uma grande
carteira de investimentos e que atualmente, é candidato à presidência do país
pelo Partido Republicano.
Segundo o empresário Martins, o fato de
pertencerem à uma denominação minoritária, com suas próprias doutrinas, os torna
mais preparados para enfrentar desafios: “Desde pequenos aprendemos a liderar e
a lidar com a rejeição. Isso ajuda muito na hora de enfrentar o mercado de
trabalho”, observa, e vai além: “A organização da Igreja é perfeita. Qualquer
empresa que adotá-la será bem-sucedida”.
O sucesso nos negócios ou na carreira
profissional é visto como uma demonstração de obediência à doutrina da igreja,
segundo os mórmons: “Uma coisa que aprendemos é ser perseverantes. Dessa
maneira, conseguimos o sucesso que algumas pessoas não alcançam por falta de
paciência”, afirma Paulo Kretly, presidente da consultoria americana de
treinamento FranklinCovey, no Brasil.
Entre as práticas que são apresentadas aos
adeptos da religião mórmon, estão o incentivo à pequenos discursos durante as
reuniões nas igrejas, a partir dos oito anos, para perderem o medo de falar em
público. Quando completam dezenove anos, recebem responsabilidades de gestão ao
se alistarem como missionários, são treinados em um centro especializado e
durante suas missões, são encarregados de conquistar novos adeptos, geralmente
no exterior, e com contato familiar restrito.
-É uma experiência muito difícil, uma vez
que temos de sair de casa para enfrentar o desconhecido. Quando voltamos, no
entanto, somos capazes de vender qualquer coisa – afirma Paulo Amorim, ex-sócio
da Korn Ferry e atual presidente da Alexander Proudfoot, consultoria
especializada em produtividade.
A própria igreja se organiza como uma
empresa e gerencia companhias que juntas, valem aproximadamente US$ 40 bilhões.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a empresa é dona de um grupo chamado DMC, com
sede em Salt Lake City, mesma cidade em que a sede da denominação está
instalada, e que é responsável por 11 emissoras de rádio, 1 emissora de TV, uma
seguradora, uma prestadora de serviços de hospitalidade e diversos veículos de
mídia impressa e digital.
Fonte: Gospel+
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