10 de março de 2016

Hillary Clinton e Bernie Sanders defendem o "Direito ao aborto" até o último mês de gravidez

"As mulheres têm o direito de tomar essa decisão muito pessoal com sua família", disse a candidata.
Foto: Reprodução/AFP

Os candidatos presidenciais democratas Hillary Clinton e Bernie Sanders declararam seu apoio para manter o “direito ao aborto”, até o momento do nascimento do bebê, embora seus posicionamentos tenham sido expressos de diferentes maneiras.

Em aparições separadas no mesmo palco, na noite da última segunda-feira, 7, em Detroit, Michigan, Clinton e Sanders foram questionados sobre o aborto na câmara municipal, televisionada pela Fox News.

"Você pode citar uma única circunstância em qualquer ponto de uma gravidez em que você concorda que o aborto seja ilegal?", perguntou o moderador Brett Baier. Sanders não revelou o nome de uma única circunstância, dizendo: "É errado que o governo diga a uma mulher o que fazer com seu próprio corpo".

"Eu sei que nem todo mundo aqui vai concordar comigo. Eu acredito que é errado que o governo diga a uma mulher o que fazer com seu próprio corpo. Eu entendo que há pessoas honestas. Quero dizer, eu tenho um monte de amigos, alguns apoiantes, alguns discordam. Eles sustentam um ponto de vista diferente, e eu respeito isso. Mas esse é meu ponto de vista", disse Sanders, um senador norte-americano de Vermont.

Quando questionado, mais especificamente, se deve haver restrições ao aborto tardio, ele disse: "Eu sou pró-escolha e acredito que seja uma escolha a ser feita entre uma mulher, seu médico e sua família".

Hillary

A resposta de Clinton para a questão do aborto foi mais sutil, mas na prática, soou como a mesma posição de Sanders. "Você acha que uma criança deve ter quaisquer direitos ou proteções antes de seu nascimento? Ou você acha que não deve haver quaisquer restrições sobre quaisquer abortos em qualquer fase da gravidez?", Baier perguntou.

"Conforme o caso 'Sob Roe v. Wade', que está enraizado na Constituição, as mulheres têm esse direito de tomar essa decisão muito pessoal com sua família, de acordo com a sua fé, com o seu médico", ela respondeu. "Não é muito certo se ela for totalmente limitada e restrita".

Depois Baier pressionou novamente: "sem quaisquer exceções?". Clinton disse que iria apoiar restrições ao mandato de abortos tardios, desde que eles tenham "exceções para a vida e a saúde da mãe".

No caso do Supremo Tribunal de 'Doe v. Bolton', a exceção de saúde foi definida tão liberalmente que efetivamente fez com que o aborto fosse legalizado durante todo o prazo de uma gravidez. A saúde da mãe pode ser "exercida à luz de todos os fatores - físico, emocional, psicológico, familiar e idade da mulher - relevante para o bem-estar da paciente", disse o tribunal.

Ao que tudo indica, Clinton e Sanders estão fora de sintonia com a grande maioria dos norte-americanos sobre esta questão. De acordo com uma pesquisa feita pelo instituto “Gallup”, 80% dos norte-americanos em 2012, acreditavam que o aborto deveria ser ilegal nos últimos três meses de gravidez. Já uma pesquisa semelhante de janeiro 2015 mostrou que 84% dos norte-americanos acreditam que o aborto deve ser restringido, quer ao primeiro trimestre ou apenas a casos de estupro, incesto e/ou para salvar a vida da mãe.

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Com informações do Portal Guiame

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