Para falar sobre as percepções, sobre aquilo que observamos, sentimos, aprendemos e concluímos; faremos uso de músicas, livros, filmes... Em geral, qualquer coisa que nos acrescente e seja digna de atenção. Hoje, vamos de poesia:
Terra
Fértil
Minha
alma é uma terra fértil
Meus
conceitos foram queimados
Tudo
em que me firmava foi revolvido
Nutrientes
que se misturam
O
que eu escondia agora está exposto
O
fogo os trouxe á tona
Me
sinto frágil, mas terra
O
que bate em mim brota
E
floresce
Coisas
mortas me são de valia
Eu
precisei sentir dor
Pra
ser terra
A
terra que sou
-Karolini
Araújo
A
inspiração para esse poema veio durante um culto habitual. Sentia meu coração
gritar por alguma coisa que o enchesse. Qualquer coisa que viesse de Deus para
suprir aquela fome descomunal de sentido para viver.
Geralmente ficamos assim
depois de momentos muito ruins, depois de sentir dor e ver sua vida se
esvaziando de sentido. Era assim que eu estava. Foi nessa hora que pensei na terra
fértil da passagem em Mateus 13:8. Lembrei-me do processo que agricultores usam
limpando o solo para o cultivo, e da sensação de não saber mais nada, de ter
poucas certezas, e estar vulnerável.
Algumas
coisas ruins que nos acontecem, e outras que por primeira impressão julgamos
ruins (mas não são, no fim trazem benefício) têm o poder de nos fazer sensíveis
como uma terra boa para plantar. Depois delas não vemos a vida da mesma forma. Não
damos o mesmo valor às coisas.
Como costumo dizer: depois de grandes tristezas
pequenos detalhes se tornam um mundo. E Deus sabe disso. Não raramente, é nessas
horas que além de consolar, ele nos ensina muito sobre a vida e sobre quem ele
é, e corrige aquilo que existe de errado em nós. Porque são nessas horas que
mais ouvimos. Muitos de nós só refletimos assim, no meio da dor. Quando não há
espaço para muita coisa, e aquilo que naturalmente nos distrai não serve para nada.
No
entanto, independe do que causou nossa dor, se nós mesmos ou os infortúnios que
acometem a todos que vivem. Ele se faz presente. E deseja plantar alguma coisa
boa em nós. Para tanto precisamos ser terra.
O
poema traz outros conceitos, mas isso vai ficar para você, leitor, descobrir.
Segue
abaixo um dos meus versículos prediletos.
“O
que está farto despreza o favo de mel; mas para o faminto todo amargo é doce.”
Provérbios
27:7
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