1 de agosto de 2016

[Playlist] Tim LaHaye, o homem que nos "deixou para trás" aos 90

RIP Tim LaHaye. (Foto: Reprodução).

Um ataque aéreo invadiu o território de Israel enquanto Buck Williams entrevistava Chaim Rosenzweig, o criador de uma fórmula botânica que poderia alimentar o mundo. Todos correram para um abrigo. Buck com seu espírito jornalístico chamou o câmera para acompanhá-lo em uma transmissão ao vivo de emergência, mas ele recusa. O repórter da GNN pega a filmadora e sozinho transmite o link de Israel.

Tais cenas estão no início do filme “Left Behind” que chegou ao Brasil como “Deixados para Trás”. Buck acabou se tornando uma grande referência de jornalismo para mim. Sua coragem em cobrir um ataque aéreo sozinho, correndo o risco de ser morto, me motivou a seguir a carreira na comunicação.

O filme foi uma febre no início dos anos 2000. Lembro que assisti num VHS que aluguei na igreja e me apaixonei pela história. Daí veio o segundo filme, o terceiro e o coração apertou quando soube que não iriam mais dar prosseguimento com a série. Mas, ganhou um remake em 2014 com Nicolas Cage interpretando o piloto Rayford Steele. Obviamente eu acompanhei tudo desde a primeira faísca e ainda entrevistei uma das atrizes do filme. Confira as matérias clicando aqui ou indo no menu e clicando em “Especiais”.

Trilogia "Deixados para Trás". (Foto: Acervo Pessoal/Karlos Aires).



O Apocalipse (em destaque), remake de "Deixados para Trás". (Foto: Acervo Pessoal/Karlos Aires).

“Quero ser Buck”

Descobri que os filmes eram baseados numa série de livros, também intitulados “Left Behind” (Deixados para Trás, no Brasil) e logo comprei todos os 12 livros da série, mais três prequels (lançados posteriormente com histórias antes do primeiro livro) e o sequel (história que que se passa depois do último livro). Também não pude deixar de ter a trilha sonora do primeiro filme (e ainda estou em busca das outras). Os livros venderam mais de 80 milhões de cópias.

De fato, “Deixados para Trás” se tornou minha série preferida. Os personagens tão marcantes e a história tão cheia de suspense e dramas.

Livros da série Deixados para Trás. Primeira edição (à direita) e relançamento pós-remake (à esquerda).
(Foto: Acervo Pessoal/Karlos Aires).


A morte de Tim LaHaye

Na última segunda-feira (25 de julho) tive a triste notícia de que Tim LaHaye, co-autor da série morreu aos 90, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC). Ele foi uma figura bem conhecida nos círculos cristãos, e até mesmo fora. Pouco tempo depois de sua morte, inúmeras homenagens explodiram nas redes sociais.

David Jeremiah, pastor da Shadow Mountain Community Church, em San Diego, onde LaHaye era pastor, afirmou, "Tim era um dos homens mais piedosos que eu já conheci. Quase todas as conversas que tive com ele eram finalizadas com ele orando por mim”.

Jerry B. Jenkins, o outro co-autor de Left Behind declarou: "Estou emocionado pelo fato dele estar no lugar onde ele sempre quis estar. Sua partida deixa um vazio na minha alma. Eu não espero preencher até vê-lo novamente". Ao ler isso, meus olhos se encheram de lágrimas.

A série “Deixados para Trás”, que é um relato fictício do que a vida poderia ser após o arrebatamento, é considerado um dos livros mais influentes entre os cristãos. De acordo com o ChristianityToday, a série vendeu mais de 80 milhões de cópias e tornou-se um bestseller do New York Times.

Trilha sonora do filme "Deixados para Trás". (Foto: Acervo Pessoal/Karlos Aires).


Editora Hagnos

A editora responsável pela publicação dos livros da série no Brasil, a Editora Hagnos, emitiu uma nota de pesar pelo falecimento de LaHaye. “É com pesar que a Editora Hagnos comunica o falecimento de seu autor Tim LaHaye nesta manhã de 25 de julho, depois de sofrer um acidente vascular cerebral em um hospital de San Diego (EUA)”, diz a publicação na fanpage.

Além da série, ele escreveu mais de 60 livros sobre temas variados como “vida familiar, temperamentos, profecia bíblica e vida cristã, alguns deles foram traduzidos em mais de 30 idiomas. Seus escritos tornaram-se conhecidos por sua aplicação prática de fácil entendimento baseados em princípios bíblicos que ajudam a enfrentar os desafios da vida”, continua.

“Dono de um frutífero ministério, deixa a esposa Beverly LaHaye – com quem foi casado por 69 anos –, quatro filhos, nove netos e dezesseis bisnetos. Reiteramos nossas condolências aos familiares e que Deus traga consolo”, finalizou Marilene Terrengui, Presidente da Editora Hagnos.

Minha Homenagem

Em homenagem a este homem que influenciou a mim e a tantos cristãos, eu preparei uma playlist com cinco canções que mais gosto da série. Difícil escolher apenas cinco, mas vou contar um pouco sobre elas.

01. Left Behind (Bryan Duncan e SHINE)

Com um som gospel e soul atenuado, a música tema do primeiro filme tem uma letra incrível que nos alerta ao apelo da canção: “O céu se abrirá, todo joelho se dobrará. O apocalipse está chegando, então deixa eu te falar. Quando isso acontecer eu já me decidi. Eu sei que não serei deixado para trás”. Sem falar do videoclipe que dá vontade de dançar. Dá uma olhadinha nele e aproveita que tá com legendas em português.


02. Believer (JAKE)

Essa é tema de Buck no primeiro filme. Quem assistiu vai lembrar da emocionante cena em que o jornalista ora a Deus pela primeira vez e confessa Jesus como seu salvador (num banheiro). Isso antes de entrar numa sala onde haverá uma reunião com representantes de várias nações e Nicolae Carpathia, o anticristo.


03. Suddenly (Russ Lee)

Queria ter a voz de Russ Lee, para começar. A canção é linda, tema do capitão Rayford Steele (Ray para os mais chegados, como eu) no segundo filme. E Russ entregou tudo de si nessa música. Cada agudo que arrepia até a alma. Ouça e enxugue as lágrimas depois.


04. Never Been Unloved (Michael W. Smith)

Voltando ao primeiro filme, essa canção de Michael W. Smith é tema do Pastor Bruce. A canção é parte, também, do disco “Live the Live”. Gosto dela, primeiro por ser do Smith e também pelo fato de ser tão perfeita para Bruce, o pastor que foi deixado para trás.


05. In the Sky (Bob Carlise, Russe Lee e Ashley Cleveland)

Para finalizar, não poderia esquecer de “In the Sky”. Canção que faz parte do segundo filme como tema central. Interpretada de forma incrível pelo trio Bob Carlise, Russe Lee e Ashley Cleveland, a canção proclama a volta de Jesus Cristo: “Eu vejo Ele vindo nos céus”.


Galeria de Fotos

Buck entrevista Chaim Rosenzweig. (Foto: Reprodução).
Buck em meio ao ataque aéreo de Israel.
(Foto: Reprodução).
Buck se filmando enquanto transmite link ao vivo.
(Foto: Reprodução).


Por Karlos Aires

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