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É bem curiosa a narrativa bíblica a
respeito da origem da humanidade. A história do gênesis nos apresenta o ápice
da criação divina. A tradução de Deus em sua plenitude e sua representatividade
na transcrição de sua imagem e semelhança.
Mas Deus tem uma relação clara, objetiva e
bem precisa com a perfeição, com a realização, com o trabalho, com a produção e,
claro, com o exercício da responsabilidade.
A árvore do conhecimento posta na tal
narrativa representa bem isso. Você é responsável pelas escolhas que faz. E
para cada escolha, um novo conhecimento. E, para cada conhecimento, uma nova
responsabilidade.
Deus coloca isso para Adão. A tarefa do
cuidado com o jardim. O exercício criativo de batizar os seres existentes e a
responsabilidade de cuidar, não tocar e preservar- se diante de tal
conhecimento.
Adão estava munido da responsabilidade.
Nele habita o temor pela sentença proferida e, claro, o não querer passar pelas
possíveis consequências de quebrar tal ordem. Quem dá a ordem tem o dever de
cobrar o resultado. Só quem pode cobrar é o responsável pela ordem.
O fato é curioso, o elemento da tal
serpente. Quando a serpente vai cobiçar, atiçar o distrato da ordem, é bem
peculiar que ela fosse na ponta onde a ordem tenha sido apenas transmitida,
porém não responsabilizada, ou seja, Eva. Ali se tinha o conhecimento da ordem,
o obedecer pela transmissão verbal da sentença por Adão, pelo respeito a Adão,
mas não pela responsabilidade. A responsabilidade estava com ele e não com ela.
Ficou fácil para a Serpente. Ela era o
ponto fraco. Então foi só re-estruturar a sentença dada por Deus. Questionar a
construção verbal e fazer o bom e velho jogo entre palavras e significados. A
boa e velha indução pela sentença. Para outros, manipulação.
Bingo! A ordem foi quebrada. Adão não era o
ponto para se conseguir tal feito. Em Adão estava a responsabilidade. O não
viria e a ausência do questionamento também, porque nele estava a ordem.
Sempre
em nas nossas empresas, nos nossos trabalhos, nossos estudos ou, em fim,
na nossa vida, processos serão quebrados por aqueles em que a responsbilidade
não habita.
Vamos refletir com cuidado sobre as missões que temos, sobre com
quem estão as missões dos nossos empreendimentos. Cada empresa tem uma missão
de ser, uma razão para existir e um sonho para realizar. Muitas vezes pecamos,
porque contratamos pessoas simplesmente pelo currículo e não pelo grau de
responsabilidade a que ela venha ter com a nossa marca. Não nos importamos se as pessoas que contratamos estão entendendo
e se querem viver o sonho que os nossos empreendimentos oferecem.
Não basta saber da missão. Temos de fazer
parte do sonho que a missão propõe, do desafio que a missão promove e devemos ver o futuro que a missão projeta.
Fábio Mesquita Torres | Publicitário da Grão Novo
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