Esperando o voo no Aeroporto Internacional de Fortaleza Foto: Instagram/Karlos Aires |
A
ansiedade
Minha história começa na redação do jornal
que trabalho. Cheguei na quarta-feira, 2, ansioso pra dar 16h30min (a hora que
eu partiria para o aeroporto). Com a mala e mochila fui obrigado a pegar um
mototaxi. O trânsito louco de Fortaleza me fez cometer esse luxo. Sim, pra mim
é um luxo, já que sou adepto de andar a pé ou no máximo andar de busão. Paguei
ricos R$15 para o mototaxista.
Cheguei ao aeroporto e como já havia feito
meu check-in via internet, apenas despachei minha mala e fiquei de boa com a
mochila nas costas. Eu mau sabia que iria sentir muita falta dessa mochila.
Esperei o avião e confesso que pela primeira vez fique com um certo mesmo, n
dia anterior eu estava vendo uns artigos sobre o filme Premonição (Final
Destination).
Entrei no avião e em menos de uma hora eu
estava em Recife. Pela primeira vez meus pés pisaram naquele chão. Peguei minha
mala e assim que sai da área de desembarque me deparei com um rapaz moreno de
short laranja com um sorriso no rosto. Ele acenou pra mim e eu o recoheci, era
Renan, meu host.
Como
conheci Renan
Quando soube que o Skillet estaria em
Recife, primeiro eu quase fiquei sem ar, depois eu tratei logo de comprar as
passagens. Não, eu não liguei pra onde eu iria ficar, só queria ter a certeza
de que estaria em Recife na data do show. Passagens compradas, eu resolvi ficar
de boa. O ingresso compraria lá mesmo (a produção do evento queria comprar R$30
de frete para mandar o ingresso, um absurdo).
O tempo foi passando e eu me preocupando
mais ainda com minha estadia em Recife, mas minha vontade de assistir o Skillet
era tão violenta que se eu ficasse no aeroporto pra mim estaria ótimo.
Um dia antes de viajar, lancei a sorte e
publiquei em um grupo de mochileiros no Facebook chamado Coaching Surfing.
Disse que estava indo para Recife e iria passar quatro dias por lá. Perguntei
se alguém poderia me hospedar. Depois de um tempo, Renan se mostrou muito
solidário e disse que me receberia em Recife. Pronto, eu já tinha onde ficar,
graças a Deus.
Um ateu
me recebeu
Lembro muito bem que também publiquei em um
grupo do Facebook só de evangélicos que curtem o Diante do Trono. Alguém sequer
respondeu minha publicação. Os tidos como “valadetes” só devem servir mesmo
para terem ídolos, mas pra receber um crente em sua casa, não. Nota zero pra
vocês, valadetes.
Pois bem, um ateu me recebeu em Recife.
Renan abriu as postas de seu apartamento para um crente, evangélico e
desconhecido até então. E posso dizer, foi o melhor host “ever” como costumo
dizer. Nota 10 para Renan que deu um belo exemplo do que é ser hospitaleiro.
Como alguns colegas diriam: sambou na cara dos valadetes.
Conhecendo
a Universidade Federal de Pernambuco
Assim que cheguei no apartamento de Renan,
conheci Vinícius. Loiro, branco, meio alto, ele também me recebeu bem. Ele
curte metal, isso me fez ficar mais de boa, o rock une pessoas. Fui convidado
para participar do Enapet 2013, um evento na Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE). Cheguei lá e vi o quão enorme era aquele lugar, todos os cursos estão
instalados lá, exceto o de direito.
Haviam muitas barracas lá, tinha gente de
todo o Brasil acampado no campus. Na concha acústica estava rolando show ao
vivo da banda “Open Bar”, creio que seja uma banda do Recife mesmo. Entre
forró, pagode e pop, eles tocaram de tudo, até o show das poderosas. Lá,
Vinícius encontrou com sua namorada, Olívia (ela joga futebol melhor que muito
marmanjo aqui).
“Eles
não queriam parar”
A banda improvisada que continuou a tocar depois do show | Foto: Karlos Aires |
Depois da apresentação da banda, todos
começaram a tomar seu lugar e dormir no campus (nas barracas armadas), mas
havia um pequeno grupo que não parou. No trajeto para as barracas, um violão,
uma batucada bastou para continuar a musicalidade.
Renan tocando |
Um tocava violão, outro um tambor, Renan
foi um deles. Ainda dançavam a cantavam como se fosse de dia, na verdade em
pouco tempo iria amanhecer. Após muitas canções, voltamos pra casa, a pé.
Graças a Deus tive a alegria de estar na companhia de gente que não tem
frescura e anda a pé como eu. Nada de taxi, nada de gastar dinheiro, fomos a pé
mesmo, amei isso.
Cheguei na casa de Renan pensando em como a
música une as pessoas, de várias tribos. Ali tinha gente do rock o reggae, do
pop. Lembrei que a igreja deveria ser assim, unir pessoas e não criar igrejas
singulares aos gostos pessoais. Mas enfim, isso é uma outra discussão. E assim
termina o primeiro dia deste diário de bordo. Até o segundo dia.
MixGospel Ceará (por Karlos Aires)
Um comentário:
couch surfing sempre ajudando pessoas. *-*nda
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