9 de outubro de 2013

Diário de Bordo - Skillet em Recife (Primeiro Dia)

Esperando o voo no Aeroporto Internacional de Fortaleza
Foto: Instagram/Karlos Aires
A ansiedade
Minha história começa na redação do jornal que trabalho. Cheguei na quarta-feira, 2, ansioso pra dar 16h30min (a hora que eu partiria para o aeroporto). Com a mala e mochila fui obrigado a pegar um mototaxi. O trânsito louco de Fortaleza me fez cometer esse luxo. Sim, pra mim é um luxo, já que sou adepto de andar a pé ou no máximo andar de busão. Paguei ricos R$15 para o mototaxista.

Cheguei ao aeroporto e como já havia feito meu check-in via internet, apenas despachei minha mala e fiquei de boa com a mochila nas costas. Eu mau sabia que iria sentir muita falta dessa mochila. Esperei o avião e confesso que pela primeira vez fique com um certo mesmo, n dia anterior eu estava vendo uns artigos sobre o filme Premonição (Final Destination).

Entrei no avião e em menos de uma hora eu estava em Recife. Pela primeira vez meus pés pisaram naquele chão. Peguei minha mala e assim que sai da área de desembarque me deparei com um rapaz moreno de short laranja com um sorriso no rosto. Ele acenou pra mim e eu o recoheci, era Renan, meu host.

Como conheci Renan
Quando soube que o Skillet estaria em Recife, primeiro eu quase fiquei sem ar, depois eu tratei logo de comprar as passagens. Não, eu não liguei pra onde eu iria ficar, só queria ter a certeza de que estaria em Recife na data do show. Passagens compradas, eu resolvi ficar de boa. O ingresso compraria lá mesmo (a produção do evento queria comprar R$30 de frete para mandar o ingresso, um absurdo).

O tempo foi passando e eu me preocupando mais ainda com minha estadia em Recife, mas minha vontade de assistir o Skillet era tão violenta que se eu ficasse no aeroporto pra mim estaria ótimo.

Um dia antes de viajar, lancei a sorte e publiquei em um grupo de mochileiros no Facebook chamado Coaching Surfing. Disse que estava indo para Recife e iria passar quatro dias por lá. Perguntei se alguém poderia me hospedar. Depois de um tempo, Renan se mostrou muito solidário e disse que me receberia em Recife. Pronto, eu já tinha onde ficar, graças a Deus.

Um ateu me recebeu
Lembro muito bem que também publiquei em um grupo do Facebook só de evangélicos que curtem o Diante do Trono. Alguém sequer respondeu minha publicação. Os tidos como “valadetes” só devem servir mesmo para terem ídolos, mas pra receber um crente em sua casa, não. Nota zero pra vocês, valadetes.

Pois bem, um ateu me recebeu em Recife. Renan abriu as postas de seu apartamento para um crente, evangélico e desconhecido até então. E posso dizer, foi o melhor host “ever” como costumo dizer. Nota 10 para Renan que deu um belo exemplo do que é ser hospitaleiro. Como alguns colegas diriam: sambou na cara dos valadetes.

Conhecendo a Universidade Federal de Pernambuco
Assim que cheguei no apartamento de Renan, conheci Vinícius. Loiro, branco, meio alto, ele também me recebeu bem. Ele curte metal, isso me fez ficar mais de boa, o rock une pessoas. Fui convidado para participar do Enapet 2013, um evento na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Cheguei lá e vi o quão enorme era aquele lugar, todos os cursos estão instalados lá, exceto o de direito.

Haviam muitas barracas lá, tinha gente de todo o Brasil acampado no campus. Na concha acústica estava rolando show ao vivo da banda “Open Bar”, creio que seja uma banda do Recife mesmo. Entre forró, pagode e pop, eles tocaram de tudo, até o show das poderosas. Lá, Vinícius encontrou com sua namorada, Olívia (ela joga futebol melhor que muito marmanjo aqui).

“Eles não queriam parar”
A banda improvisada que continuou a tocar depois do show | Foto: Karlos Aires
Depois da apresentação da banda, todos começaram a tomar seu lugar e dormir no campus (nas barracas armadas), mas havia um pequeno grupo que não parou. No trajeto para as barracas, um violão, uma batucada bastou para continuar a musicalidade.

Renan tocando
Um tocava violão, outro um tambor, Renan foi um deles. Ainda dançavam a cantavam como se fosse de dia, na verdade em pouco tempo iria amanhecer. Após muitas canções, voltamos pra casa, a pé. Graças a Deus tive a alegria de estar na companhia de gente que não tem frescura e anda a pé como eu. Nada de taxi, nada de gastar dinheiro, fomos a pé mesmo, amei isso.

Cheguei na casa de Renan pensando em como a música une as pessoas, de várias tribos. Ali tinha gente do rock o reggae, do pop. Lembrei que a igreja deveria ser assim, unir pessoas e não criar igrejas singulares aos gostos pessoais. Mas enfim, isso é uma outra discussão. E assim termina o primeiro dia deste diário de bordo. Até o segundo dia.


MixGospel Ceará (por Karlos Aires)

Um comentário:

Ana disse...

couch surfing sempre ajudando pessoas. *-*nda