Wilson Dias / Agência Brasil |
Um grupo de evangélicos favoráveis à permanência do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência
da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara (CDHM) fez, na manhã desta
quarta-feira, 17, um protesto pedindo a saída dos deputados petistas José Genoíno (SP) e João Paulo Cunha (SP) da Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ). Ambos foram condenados pelo Supremo Tribunal
Federal (STF) na Ação Penal 470, o processo do mensalão.
O protesto foi pacífico e feito sem criar tumulto, no início da reunião
da CCJ. Mas, como a quantidade de pessoas no plenário da comissão era muito
grande e a conversa atrapalhava o andamento dos trabalhos, o presidente da CCJ,
Décio Lima (PT-SC), pediu aos que
não fossem funcionários da Câmara ou credenciados da imprensa saíssem do
plenário para dar prosseguimento à reunião.
Desde o início da reunião, os evangélicos
exibiam cartazes com o pedido de "Fora Genoino" e "Sim à Família". Eles também
protestaram contra o Projeto de Lei 122,
que criminaliza a homofobia, em tramitação no Senado.
Grupo de evangélicos protestam durante à reunião da CCJ da Câmara pedir a saída de José Genoíno e João Paulo Cunha Foto: Agência Brasil |
De acordo com um dos organizadores do
evento, que se identificou apenas como pastor
Edmar, cerca de 70 evangélicos
de vários estados do país participaram do ato. A manifestação, acrescentou, é
uma resposta às críticas contra Feliciano. "Viemos protestar contra a
permanência do Genoíno na Comissão de Constituição e Justiça, enquanto eles
estão protestando contra o pastor Marco Feliciano [na CDHM], que é um deputado
ficha limpa. Somos a favor do deputado Marco Feliciano", disse o pastor à
Agência Brasil.
Na semana passada, a saída de Genoíno e
João Paulo Cunha da CCJ foi cogitada ironicamente por Marco Feliciano aos
líderes da Câmara como condição para que ele deixasse a presidência da CDHM. A
proposta foi rechaçada pelo líder do PT, José Guimarães (CE).
Feliciano tem sido alvo de protestos desde
a indicação de seu nome para presidir a Comissão de Direitos Humanos. Grupos
que defendem os direitos homossexuais e a causa negra acusam o deputado de
homofobia e racismo por declarações publicadas nas redes sociais.
Fonte: Agência Brasil
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